segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Final Review Fantasy IV - Parte 1




Um ano após o lançamento de Final Fantasy III, em 1992, no Japão foi lançado o primeiro título da franquia Final Fantasy para o console recém-lançado da Nintendo, naquela época o Super NES (Ou Super Famicom no Japão) esse é Final Fantasy IV, ou Final Fantasy II como foi lançado no ocidente em novembro do mesmo ano, sendo o primeiro da franquia a conseguir tal proeza de lançamento quase que simultâneo, além disso, Final Fantasy IV é único jogo a geração Nintendo e um dos poucos da franquia a receber uma sequência direta, Final Fantasy IV: After Years, lançado dezesseis anos após o título original também para inúmeras plataformas.




- Aspectos Técnicos
                Como o primeiro jogo para uma nova plataforma Final Fantasy IV foi revolucionário em muitos aspectos, já que o hardware de 16 bits do SNES permitiu um grande avanço nos jogos desenvolvidos para a plataformas, mas o ponto mais importante foi à introdução do Active Time Battle (ATB) o sistema de batalha em tempo real, onde os turnos dos personagens eram gerados em tempo real trazendo um dinamismo ao combate lento e clássico do gênero, assim criando um novo paradigma na jogabilidade do gênero e se tornou um marco histórico não só para os RPGs, mas para a história dos videogames. O sistema foi incorporado não só a todas as sequências da série, como muitos outros RPGs Japoneses usam o sistema de ATB até hoje, e mesmo o sistema não ser mais utilizado oficialmente desde Final Fantasy X, todos novos sistemas ainda estão muito enraizados ao ATB sendo que podemos vê-lo claramente na iteração mais recente da franquia; Final Fantasy XIII.
                Também sendo o primeiro jogo para uma nova plataforma, a melhora gráfica chega a ser assustadora quando comparado aos gráficos de 8 bits dos três jogos anteriores, as cores e os detalhamentos dos sprites dos personagens fazem com que o jogo não pareça datado e seja facilmente jogado até hoje, além que com a CPU de som de 16 bits permitiu que Nobuo Uematsu conseguisse criar uma complexidade muito maior na trilha sonora da franquia além que a capacidade do cartucho do SNES permitiu que um maior número de arranjos fosse utilizada na composição do jogo, fazendo com que pela primeira vez que a trilha tivesse uma relação simbiótica com o jogo tornando um elemento extremamente presente nas cenas dramáticas do jogo e dando mais emoção e deixando as cenas no jogo mais marcantes.
                Dentre os inúmeros remakes e ports, que trouxeram melhoras gráficas, novas dungeons e elementos novos, a que mais se destaca é a Nintendo DS onde o jogo foi totalmente refeito em 3D e trouxe um aspecto totalmente diferente do original, além da inclusão de um novo sistema de habilidade e uso dos recursos exclusivos do console, a versão de Final Fantasy IV para Nintendo DS pode ser considerado como o maior dos remakes de qualquer jogo da franquia.


- Personagens e Trama
                Com o propósito de se tornar a iteração perfeita dos melhores aspectos de todos os jogos anteriores da franquia, Final Fantasy IV tomou para si os elementos de um RPG story driven de Final Fantasy II, com o sistema de classes de Final Fantasy I e III, porém ao em vez de permitir que os personagens trocassem de classe com o decorrer de jogo, cada personagem tinha uma classe pré-definida com uma mecânica única, isso combinado com os elementos pesados de story driven, onde a história de cada personagem é trabalhada independentemente com o decorrer do jogo, fez com que pela primeira vez os personagens da série não parecessem tão genéricos como os de I, III ou mecanicamente similares como os de II, assim têm o nosso primeiro casting de personagens verdadeiramente carismáticos e lembrados da franquia.
                Final Fantasy IV também tem um salto enorme de personagens jogáveis, ao contrário dos tradicionais quatro principais personagens temos um total de doze personagens, que circulam em sua party com o decorrer da história do jogo, sendo que o protagonista é o único personagem fixo durante o curso do jogo, além disso, é o único jogo da franquia que permite que o jogador controle cinco personagens simultaneamente  algo que nunca mais foi visto em nenhum jogo da franquia.
                A trama inicial se dá quando a nação mais poderosa do mundo, o Reino de Baron, decide invadir as outras nações em busca dos Quatro Cristais elementais (elementos clássicos da franquia), o capitão força aérea do Reino de Baron e protagonista, Cecil Harvey, um algoz (Dark Knight, no original), começa a se questionar na violência que seu Rei vem utilizando para tomar os cristais das outras nações e depois de ser engado pelo seu próprio reino e trazer a destruição do inocente vilarejo de Myst e de todos os seus habitantes, Cecil acompanhando pelo seu companheiro Kain Highwind decide rebelar-se contra o seu reino e parar com a loucura do rei.
            E com uma trama recheada de tragédia, vingança, amor, humor, amizade e de reviravoltas de fazer cérebros explodirem faz com que Final Fantasy IV não seja só o primeiro título da série trazer uma profundidade de história e personagens nunca vista antes na franquia e nem no gênero e que ainda por muitos é considerada a melhor trama de toda a franquia ao lado de Final Fantasy VI e VII, como não é possível se envolver com o triangulo amoroso da Clériga Rosa, Cecil e Kain? Ou não rir das palhaçadas da dupla dos irmãos gêmeos Magos Palom e Porom? E se emocionar história de amor e vingança do Sábio Tellah? Vamos fazer um pequeno resumo dos personagens na próxima postagem e trazer as considerações finais sobre o jogo.


Um comentário:

  1. Nunca joguei, sequer tenho a ROM na minha coleção de ROMs, mas com esse texto eu fiquei ansioso pra chegar em casa, baixar e finalizar esse clássico!

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